NOVA YORK - Quando se misturam mulheres com sapatos de salto alto e meninos de terno, apagam-se as luzes e aumenta-se a música, o que acontece é surpreendentemente comum.
Depois de anos de break dancing competitivo, malhação e estilo livre solo, os adolescentes estão dançando juntinhos de novo.
Mas os casais dançando nas festas de formatura das escolas nova-iorquinas e do resto do país seriam facilmente reconhecíveis pelos fãs da disco.
Boa parte da dança não é variação do "rosto colado", um fato que tem causado controvérsia em alguns lugares. Embora a dança tenha variações em intensidade, a posição de escolha dos pares, de trás para frente, é ao mesmo tempo menos íntima e mais sexual, e os casais, até em um evento como uma formatura, mudam constantemente.
Chamado loucura ou "dando apoio", em sua forma mais intensa, esse tipo de dança não é um flerte, é uma guerra.
"É como se fosse uma batalha entre você e o rapaz", disse Candy Javier, de 18 anos, veterana da Academia Monroe de Artes Visuais e Design, uma das cinco faculdades do South Bronx que se uniram em uma festa de formatura conjunta no início deste mês em um exclusivo country club em New Rochelle, Nova York. "Eles empurram para frente e você, para trás." Como uma garota sabe que ganhou a batalha? "O rapaz fica ansioso e dá uma parada", disse Candy, com um leve sorriso.
Seus detratores dizem que esse tipo de dança nada mais é do que simulação do sexo e têm tomado providências para acalmar a pista de dança. Mas a garotada está dançando junto de outras formas, também. A música tem uma forte influência na dança social e o ressurgimento dos pares foi incentivado pela popularidade do reggae, do merengue e da salsa.
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